A diferença entre confiança e segurança
A primeira vez que formulei algo na linha da diferença entre segurança e confiança foi no livro de Core Skills, no capítulo de confiança.
Lá, eu escrevi que uma coisa é você confiar, outra é alimentar expectativas. Enquanto o confiar se abre para o imprevisível — dentro de certos limites — , a expectativa se fecha.
Depois, ouvi em um dos encontros do MoL a Juliana Machado falar que é comum confundirmos confiança e segurança. Se você está seguro (no sentido de ter certeza), o que você faz é tentar evitar a frustração a qualquer custo. E isso ocorre porque não estamos acostumados a lidar com a frustração como potência.
Dias depois, tive um sonho que envolvia pessoas viajando. Quem busca segurança pode até viajar com o corpo, mas mantém sua mente e seu coração parados. Não importa se a paisagem é nova para quem só olha o retrovisor. As circunstâncias mudam, mas você permanece apegado.
Quem constrói confiança, mesmo que permaneça imóvel, tem a capacidade de levar a alma para viajar. Seu mundo interno flui porque não é refém do impulso de controlar. As coisas saem diferente do previsto, mas você se alegra com isso, pois tem agora novas possibilidades de ação.
Faz sentido? Em que momentos você confia e em que momentos busca segurança?