A Regra 80/20 capaz de reflorestar a aprendizagem 🌳
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Em um post anterior, eu já compartilhei minha perspectiva sobre o 70–20–10.
(70–20–10 Ă© um princĂpio comum em aprendizagem corporativa que diz que 70% do aprendizado Ă© informal, 20% Ă© social e 10% Ă© formal).
O 70–20–10 Ă© problemático por várias razões, mas fato Ă© que ele se alastrou como um vĂrus nas organizações. E um contágio de tamanha proporção nĂŁo Ă© fácil de acontecer.
Ao propor uma mudança de mentalidade ou comportamento, é importante pensar não apenas na transformação desejada, mas sobretudo em seu potencial de propagação.
O 70–20–10 é curto, simples e exato — embora a realidade seja bem mais caótica.
Diz algo que intuitivamente as pessoas já sabiam ou buscavam.
Por isso funciona.
Em minhas reflexões mais recentes sobre o Mol, eu criei um outro princĂpio que considero mais interessante que o 70–20–10, pelo menos para os fins que desejo alcançar.
É a Regra 80/20:
- 80% das ações de aprendizagem devem ser focadas em descoberta;
- Somente 20% devem ser baseadas em ensino.
Mas o que isso significa?
Uma experiência de descoberta ocorre, via de regra, quando não há tentativa de ensino.
Sim, ensinar até pode colaborar no processo de descoberta, mas quanto mais você “pesa a mão” na ensinagem, menor tende a ser a chance de as pessoas descobrirem algo por si mesmas — o que, aliás, é um pleonasmo.
Existe uma profusĂŁo de espaços de ensino por aĂ. Nossa educação escolarizada e escolarizante se organiza a partir deles. Tanto Ă© que muita gente considera que educação Ă© sinĂ´nimo de ser ensinade.
No Mol — e em qualquer outro lugar que se proponha a fazer vingar o aprendizado autodirigido em sua máxima potência –, é fundamental reflorestar a aprendizagem a partir de sua vegetação nativa: os espaços de descoberta.
Hoje em dia, vivemos a Regra 80/20 ao contrário: 80% da educação é ensino e somente 20% é descoberta.
NĂŁo me surpreende que aprender seja chato e que a evasĂŁo de cursos e treinamentos seja tĂŁo alta.
Por isso sempre gostei da frase do Winston Churchill:
“Estou sempre pronto para aprender, embora nem sempre goste de ser ensinado”
Faz sentido pra vocĂŞ? Como vocĂŞ diferencia descoberta e ensino?
đź‘‹ Comente neste post e me deixe saber!
Obs.: um textinho que me inspirou muito nessa reflexĂŁo.