Aprendiz Cumpridor de Tarefas x Aprendiz Libertino
Ambos são armadilhas para a aprendizagem autodirigida. São dois pólos que devemos evitar.
O cumpridor de tarefas não consegue ver mais de três palmos à sua frente. Ele é rígido em seu planejamento e o objetivo é sempre “bater a meta”: ler mais um livro, assistir mais um vídeo, aprender mais um acorde. É um acumulador.
Só que o processo de aprendizagem não funciona assim. Ele é muito mais dinâmico, imprevisível e caórdico do que costumamos imaginar. O aprendiz cumpridor de tarefas está perdendo sucessivas oportunidades de mergulhar no caos e, assim, conectar seu aprendizado a outros temas, pessoas e vivências.
O aprendiz libertino acha que só de fluxo vive o homem. Se o aprendizado não é divertido, prazeroso e absolutamente espontâneo o tempo todo, não serve pra ele. Tem uma resistência enorme em planejar e, quando planeja, resiste a seguir o próprio planejamento.
A aprendizagem pode sim ser muito prazerosa — especialmente quando bebe dos nossos interesses e necessidades -, mas nem tudo são flores. Existem momentos de angústia, solidão, confusão, incerteza… E isso é fundamental para a evolução do aprendiz. Momentos de desconhecimento e dúvida fazem parte do processo.
Você se identifica mais com algum desses perfis? Quem é você na fila do pão da aprendizagem autodirigida?