Celebro seu texto por me trazer alguns clarões muito fortes, como o insight sobre os travestis. Como a impossibilidade da política sem o amor, pois a política só se dá quando algum nível de esvaziamento de si é permitido e valorizado. Como ocorre a micropolítica das relações amorosas quando tudo que se vê é o próprio reflexo no espelho? E como essa mesma micropolítica poderia ser, uma vez aceitando e celebrando a diferença que vem do outro? Abertura para conversar sobre o que não se conversa é um passo muito importante, e o que vem em seguida talvez seja um pouco mais doloroso: olhar para a sua sombra e enxergar a do outro, ter consciência sobre os próprios vieses e transmutá-los, se fizer sentido e houver coragem suficiente…