Como fazer melhores perguntas?

Ao longo dos anos estudando e praticando facilitação de processos, percebo que nessa área há uma ênfase muito grande na criação de boas perguntas.
Isso é realmente importante, já que a escola e a faculdade onde a maioria de nós estudamos não possuía (ainda não possui) um design apropriado para estimular a construção de boas perguntas por parte dos estudantes.
A sociedade ocidental capitalista é viciada em respostas e pobre em perguntas.
Mas como nadar contra essa corrente? Como fazer melhores perguntas em qualquer situação?
Aprendi com a Marcelle Xavier que muitas vezes o que mais importa não é a sofisticação da pergunta. O que mais importa é estar genuinamente curioso com o que acontece com o outro enquanto ele nos responde.
Cultivar essa postura de curiosidade radical é o grande desafio — e também tudo o que nós precisamos fazer.
Costumo recomendar 5 perguntas básicas que podem nos ajudar a alimentar a abertura para o outro:
- O que você pensa sobre isso?
- Como você se sente sobre isso?
- Como você chegou nisso?
- Por que isso é importante pra você?
- Quais perguntas você está se fazendo?
Se você está curioso, as perguntas fluem naturalmente. E elas são convites para que o outro floresça ali, bem na sua frente.