Corrigindo o ambiente, e não a flor
“Quando uma flor não desabrocha, você corrige o ambiente em que ela cresce, não a flor” (Alexander den Heijer)
A frase acima pode ser vista em uma placa na Social Innovation Academy em Uganda, uma iniciativa que transforma jovens marginalizados em empreendedores sociais.
Na faculdade, o ambiente me enviava sinais claros de que ter ideias ousadas era desaconselhável. Uma vez, no trabalho final de uma disciplina sobre inovação (!), o professor me deu nota baixa porque eu “tive ideias demais”.
“O trabalho era sobre focar em uma ideia só”, disse ele.
O contexto tem um poder impressionante. Para que as flores desabrochem, você precisa mexer no contexto.
Uma das premissas mais fortes do contexto da faculdade era o controle. Por estar encapsulado em sua própria expectativa sobre como os trabalhos finais deveriam ser, o professor não conseguiu enxergar o que eles PODERIAM ser.
O controle esmaga “o que é” e “o que poderia ser” em favor do “que deveria ser”.
A flor pode estar desabrochando na sua frente, mas se você não a enxerga, sua cegueira pode custar a própria beleza da flor.
E, se você reparar bem, nenhuma flor é igual a outra. Por isso, precisamos ter olhos de ver.
Nossos olhos fazem parte do contexto.