Falta de falta
Na pandemia, você se vê convivendo com as mesmas pessoas 24 horas por dia. Tudo então começa a ser feito sempre com elas, desde desabafar a trabalhar lado a lado.
No trabalho, seu chefe quer monitorar tudo que você está fazendo ou deixando de fazer (talvez ainda mais no home office).
Na aprendizagem, o professor ou “facilitador” não sai do seu pé. Mesmo que de forma sutil, ele controla e direciona seu caminho com base no que ELE acha que é melhor.
Às vezes, a falta faz falta.
Às vezes, precisamos de tempo pra poder sentir saudade. Ela alimenta nosso desejo.
Às vezes, nossa presença seria melhor utilizada em outro lugar. Mas aí, por medo ou inabilidade, insistimos em nos fazer presentes.
O cuidado é tudo. Mas o cuidado também implica em soltar (e celebrar a alegria da soltura).
Obs. 1: inspirado no conceito de “Joy Of Letting It Flourish” (JOLIF), ou a Alegria de Deixar Florescer, que ouvi pela primeira vez pela Vivien Merciel.
Obs.: 2: um texto da Paula Teixeira sobre esse conceito pode ser encontrado aqui.