“O contrário da vida não é a morte, o contrário da vida é o desencanto”
O mundo precisa desesperadamente de pessoas encantadas.
O ser que se encanta é aquele que tem a coragem de criar relações de frescor, permeabilidade, conexão, aventura, alguém que se delicia com o contágio, com a curiosidade, com o espanto.
Com Luiz Antonio Simas e Luiz Rufino aprendi que a colonização gera “sobras viventes”. Alguns se tornam sobreviventes. Outros menos são capazes de se transformar em “supraviventes”, ou seja,
aqueles capazes de driblar a condição de exclusão, deixar de ser apenas reativos ao outro e ir além, afirmando a vida como uma política de construção de conexões entre ser e mundo, humano e natureza, corporeidade e espiritualidade, ancestralidade e futuro, temporalidade e permanência.
O supravivente é a pessoa encantada. É o ser que usa vida para gerar mais vida.
Não se engane: aprender é um ato de reencantar-se com o mundo.
Obs. 1: minha gratidão à Fátima Rodrigues e à Isadora Martins pelas descobertas que me fizeram “parir” este texto.
Obs. 2: a frase do título é de autoria de Luiz Antonio Simas e Luiz Rufino.