O maior “porque” da aprendizagem autodirigida (não é o que você pensa)
Toda vez que alguém justifica a necessidade de algo — aprendizado contínuo, inovação, criatividade, inteligência emocional etc — a partir somente das lentes da “transformação digital” ou do “mundo exponencial”…
…um panda morre na China.
Essa ideia de exponencial virou um jargão, um lugar comum.
“Se você não fizer X, então as máquinas tomarão o seu lugar”.
Quase como se o capitalismo (ou melhor, tecnofeudalismo) estivesse te apontando uma arma na cabeça o tempo todo.
Sim, estamos diante de avanços cada vez mais rápidos, sobretudo com as tecnologias digitais.
Em outros, porém, estamos diante de retrocessos gigantescos. Potencializados em larga medida por essas mesmas tecnologias digitais.
(Mesmo os “avanços” podem ser vistos sob uma perspectiva crítica)
Esta entrevista com o sociólogo italiano Domenico de Masi dá conta disso.
Os algoritmos estão cada vez mais inteligentes e as pessoas cada vez mais embrutecidas.
(Uso o termo “embrutecimento” aqui numa linha bem jacotoniana. É a ideia da subordinação de inteligências, que antes era somente pedagógica, e agora é digital. O que segue inalterado: a colonização do pensamento)
A aprendizagem autodirigida e ao longo da vida não é necessária apenas porque as novas tecnologias irão roubar o seu emprego.
Ela é fundamental porque não podemos deixar o emburrecimento coletivo continuar.
Afinal, quanto vale o esforço hercúleo de codar um Whatsapp se ele está nos levando para o golpis… ops, abismo?
“A bomba atômica representa algum progresso em relação ao arco e flecha?” (Cristovam Buarque)
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