O RH escultor
Michelangelo acreditava que o ofício do escultor consiste em retirar o que não pertence à essência do material esculpido. A escultura já está lá: tudo que o escultor faz é remover o excesso a fim de revelar a obra.
Aprender é um atributo essencial do ser humano. Desde o nascimento, nossa interação com o mundo é profundamente dependente da aprendizagem — ainda que o sistema escolar tradicional tenha, por vezes, entorpecido essa habilidade.
Para que as pessoas em uma organização sejam capazes de aprender continuamente, alguém precisa ser o escultor. Alguém precisa fazer o trabalho de remover o “excesso”, isto é, tudo aquilo que impede ou dificulta a manifestação da essência humana da aprendizagem.
A vontade e a habilidade de aprender já estão lá. Mas precisam ser reveladas, esculpidas.
Vejo que o RH pode assumir esse papel removendo várias barreiras:
- Falta de autonomia para resolver desafios
- Falta de tempo reservado na agenda para aprender
- Falta de conexão entre pessoas e áreas
- Insegurança psicológica
- Supervalorização da conformidade
- Supervalorização do sucesso
Que outros “excessos” ou barreiras à aprendizagem você percebe nas empresas e organizações?