Se você não está em uma sala de aula, então você não aprende?
Elisa Flemer foi impedida pela justiça de se matricular na USP após ter passado no vestibular com a 5ª melhor nota.
O motivo? Não concluiu o ensino médio por ser adepta do homeschooling.
O caso ficou famoso semana passada. Assim como Elisa, existem vários outros jovens desescolarizados no Brasil que sofrem a mesma angústia ao tentar ingressar em universidades.
Ao refletir sobre essa história, tudo que me vem à mente é a frase do David Blake, “o futuro não se importa com como você se tornou um expert”.
Quando um colaborador aprende uma habilidade sem ter ido a um treinamento, vamos impedi-lo de trabalhar porque seu nome não constava na lista de presença?
Quando um aluno de uma disciplina vai bem na prova sem ter frequentado as aulas, vamos então reprová-lo?
Antes de liberar as mentes para seguir seus próprios interesses — o cerne da aprendizagem autodirigida que eu defendo -, precisamos liberar os corpos.
Por que, afinal, nossa sociedade se preocupa tanto em controlar os corpos, dizendo exatamente onde eles precisam estar para aprender?
Obs.: a tentativa de controlar o corpo de Elisa pode ter sido efetiva no curto prazo, mas a história dela está apenas começando. A StartSe agiu rápido e ofereceu uma oportunidade pra ela. Diante de um limão, que ela consiga sempre fazer uma limonada.