Toda pessoa é uma pequena sociedade
Augusto de Franco afirma que, em mundos altamente conectados como o nosso, se perceber como indivíduo — ou seja, uma entidade separada do todo — é uma ilusão (há quem diga que isso é verdade também em uma dimensão cósmica, e eu tendo a acreditar nisso).
Indivíduos, na verdade, são pessoas, e toda pessoa já é rede.
É impossível que alguém se torne uma pessoa, no sentido de um ser humano funcional, sem receber cuidado e afeto, além de conviver ativamente com outros seres humanos. “Uma pessoa é uma pessoa através de outras pessoas”, afirma a filosofia Ubuntu.
Nesse processo, nós somos muito mais influenciados do que a gente imagina. Reproduzimos padrões, imitamos comportamentos e tomamos decisões a partir do que a interação social, muitas vezes de maneira inconsciente, nos instiga a fazer.
Por isso, preste muita atenção em como você constrói sua rede de relações. E se permita interagir com pessoas fora da sua bolha com alguma frequência.
No contexto da aprendizagem autodirigidida, se você compreende que você não é um indivíduo, e sim uma pessoa, e pessoa já é rede, então você ganha a chance de maximizar o seu aprendizado de maneira intencional por meio das suas conexões (já existentes e ainda a serem feitas).
“Toda pessoa é uma nova porta que se abre para outros mundos”, diz o Augusto de Franco.
A partir dessa consciência, as possibilidades de navegação na cartografia da sua rede se tornam infinitas.
Com quem você gostaria de aprender hoje?
Obs. 1: estão abertas as inscrições para o Festival Amor em Pauta, do Instituto Amuta, que, inclusive, tem TUDO a ver com este post. O Festival é totalmente gratuito e terá entrevistas, experiências e intervenções artísticas com o intuito de aprofundar na pergunta “Como experimentar o potencial do amor nas nossas relações, organizações e comunidades?” Em sua terceira edição, o Festival conta pela primeira com nomes internacionais. Inscrições aqui: https://bit.ly/amorempauta3.
Obs. 2: a frase “toda pessoa é uma pequena sociedade” é do filósofo alemão Novalis.
Obs. 3: o texto deste post faz parte de um novo projeto que vou lançar em novembro sobre aprender a aprender… e eu mal posso esperar pra contar mais sobre ele aqui! :)