Em Vez De Se Desenvolver, Prefira Se Envolver
Por uma pedagogia do envolvimento
Como é que fomos criar uma cultura tão obcecada com o “desenvolvimento”?
Desde cedo, aprendemos que devemos nos desenvolver. Melhorar, aprimorar, trabalhar duro. Subir uma escada, ser medida por réguas.
(Afinal, o mar não tá pra peixe e eu preciso garantir o meu, não é mesmo?)
Esse apego ao “desenvolvimento” como finalidade primeira arrasa povos inteiros. Divide nações entre “desenvolvidas” e “subdesenvolvidas”. Gera traumas em estudantes. Cria corridas armamentistas.
Nós criamos estruturas lineares de pensamento e aí temos a audácia de tentar enquadrar o complexo (e o subjetivo) nelas.
Dá errado.
Quero propor um jeito de aprender, uma pedagogia — que é, sempre, uma forma de encarar a vida — corajosa o suficiente para nos deslembrar do desenvolvimento.
E, no lugar disso, nos relembrar do envolvimento.
Como é quando você vê alguém realmente envolvide com algo?
Os olhinhos brilhando.
O entusiasmo jorrando no corpo.
A psique a mil, sedenta por se encantar.
A fome de contribuir, para além de usufruir.
Desenvolvimento, minha gente, temos muito já — e isso está fazendo os desafios do planeta Terra, o único que habitamos, crescerem como bola de neve.
Envolvimentos, daqueles que acendem o Amor no quer que estejamos fazendo, tão em falta no mercado.
No aprendizado (e na vida), não se preocupe em melhorar.
Preocupe-se em se envolver.
✨ O que o verbo “envolver” provoca em você? O que te faz pensar ou sentir?
Faz sentido imaginar uma pedagogia do envolvimento? Que mudanças isso geraria na forma como pensamos a educação e a vida?
Me conta no comentários!